Devido ao aumento demográfico que se tem verificado nas várias sociedades em todo o mundo e em que as pessoas atingem cada vez idades mais avançadas, o impacto da demência na sociedade tem aumentado muito.
Segundo fonte da Organização Mundial de Saúde (OMS), são esperados em 2050 e a nível mundial, cerca de 140 milhões de casos de demência.
Em Portugal as previsões apontam para cerca de 322 mil casos de demência até 2037 (OCDE, 2019). Neste momento Portugal é o quarto país da OCDE com maior prevalência de casos de demência, com 19,9 casos por cada mil habitantes, contra uma média dos países da OCDE de 14,8. Os países que superam Portugal são a Alemanha (3º), Itália (2º) e o Japão em primeiro lugar.
No DSM-5 a Associação Americana de Psiquiatria refere-se à demência com sendo uma Perturbação Neurocognitiva, não sendo o termo “demência” totalmente substituído já que é utilizado para designar as perturbações degenerativas que que afetam adultos com idade avançada.

A demência é o resultado de doenças que afetam o cérebro de forma crónica e progressiva com perturbação das habilidades mentais tais como a memória, o pensamento, a orientação, a compreensão, a linguagem, o humor e a personalidade. O seu curso é progressivo e lento e varia de pessoa para pessoa e apresenta diferentes causas.
A demência é uma síndrome para a qual ainda não existe cura, mas já existem alguns medicamentos que permitem atrasar a progressão da doença e os conhecimentos científicos têm aumento muito.
O diagnóstico sustenta-se numa perda significativa de dois ou mais domínios neurocognitivos, incluindo:
-Linguagem
-Memória
-Perceção espaço-visual
-Personalidade
-Estado emocional e função executiva
É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE INCAPACIDADE E DE DEPENDÊNCIA ENTRE PESSOAS MAIS VELHAS EM TODO O MUNDO (OMS, 2017)